terça-feira, 24 de julho de 2012

Carta de S. Freud al psiquiatra psicoanalísta hungaro Istvan Hollos


Um presente que recebi  do amigo Ariel Delgado:

Carta de S. Freud al psiquiatra psicoanalísta hungaro Istvan Hollos, director del asilo psiquiatrico "Casa Amarilla" , quien redacta un texto llamado "Recuerdos de la Casa Amarilla" (novela historica sobre su funcion como director en el asilo) enviandoselo a Freud y donde la presente carta -acusarecibo- fue la respuesta de Freud al texto de Hollos./ Presentado por J.A. Miller en la revista Ornicar? Nro 33. París, ECF, 1985







Viena, outubro de 1928.
Caro Doutor,
 Tendo sido advertido de que omiti agradecer-lhe por seu último livro, espero não ser demasiado tarde para reparar essa omissão. Ela não provém de uma falta de interesse pelo conteúdo ou pelo autor, cuja filantropia aprendi, por outras vias, a estimar. Foi, sobretudo, consecutiva a reflexões inacabadas que me preocuparam por muito tempo ainda depois de ter terminado a leitura do livro, leitura de caráter essencialmente subjetivo. Embora apreciando infinitamente seu tom caloroso, sua compreensão e seu modo de abordagem, me encontrava, entretanto, numa espécie de oposição que não foi fácil compreender. Tive finalmente de me confessar que a razão disso era eu não gostar desses doentes. Com efeito, eles me dão raiva, irrito-me por senti-los tão longe de mime de tudo o que é humano. Uma intolerância surpreendente que faz de mim, antes demais nada, um mal psiquiatra.Com o tempo fui deixando de me achar um sujeito interessante a analisar mesmo dando-me conta de que esse não é um argumento analiticamente válido. No entanto, é bem por isso que não pude ir mais longe na explicitação desse movimento de suspensão. Você me compreende melhor? Será que não estou me conduzindo como os médicos de outrora com relação às histéricas? Minha atitude seria a consequência de uma tomada de posição cada vez mais clara no sentido da primazia do intelecto, a expressão de minha hostilidade com respeito ao isso? Ou então o quê?
Seu,
Freud.


Viena, Octubre de 1928.

Estimado doctor.

Habiendo advertido que olvidé agradecerle su último libro, espero que no sea demasiado tarde para reparar este descuido. Éste no proviene de una falta de interés por el contenido o por el autor, cuya filntrópía, por otra parte, he aprendido a estimar.Éste fue mas bien provocado por reflexiones inconclusas que me siguieron preocupando mucho tiempo después de concluir la lectura del libro, lectura de caracter esencialmente subjetivo.

Mientras valoraba infinitamente su cálido tono, su comprensión y su modo de abordaje, me encontraba sin embargo en una especie de oposición que no era facil de comprender. Finalmente tuve que confesarme que la razón era que no me gustan esos enfermos; en efecto, me enojan, me irritan sentirlos tan lejos de mí y de todo lo que es humano. Una intolerancia sorprendente que hace de mí mas bien un mal psiquiatra.

Con el tiempo, deje de considerarme un sujeto interesante para analizar,mientras que me doy cuenta de que no es un argumento analíticamente válido. Por eso, sin embargo, no pude ir más lejos en la explicación de este movimiento de detención. ¿Me comprende mejor? ¿No estoy conduciendome como los medicos de antaño con respecto a las histericas ? ¿Mi actitud sería la consecuencia de una toma de posición cada vez mas clara en el sentido de la primacía del intelecto, la expresión de mi hostilidad hacia el ello?

¿o sino que?

Suyo, Freud.


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